domingo, 31 de agosto de 2008

etwas über Liebe

"Os humanos se protegem da perda do ser amado evitando as peripécias e as decepções inerentes ao amor genital e transformam esse amor num sentimento inibido quanto a sua finalidade, transformando esse amor exclusivo em amor pela humanidade.

Mas todo amor que não escolhe perde seu valor, pois é injusto em relação ao seu objeto e, depois, porque nem todos os humanos merecem ser amados.

Meu amor é algo infinitamente precioso, que eu não tenho o direito de desperdiçar sem prestar contas.

Se amo um outro ser, de alguma forma ele tem que merecer.

Ele o merece se é tão melhor que eu e me oferece a possibilidade de amar nele meu próprio ideal."

domingo, 24 de agosto de 2008

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Comunicabilidade

Eu costumava deixar o celular com a campainha alta ao lado da cama , antes de dormir.

Agora deixo no modo silencioso.


(mas ainda não desligo.)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Me Convencem

1)





Wait.

They don't love you like I love you.


***

2)


Se Fossemos Infinitos

Fossemos infinitos

Tudo mudaria

Como somos finitos

Muito permanece.

na Xavantes, 79;

na Maria Paula, 200;

na Christoph-Probst-Straße, 12;

na Edilberto, 1000.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Gatos Empoleirados

Dia desses uma dessas pessoas que normalmente eu acharia "Zé Ruela" tinha algo escrito no Orkut que me fez pensar. Algo do tipo: "Pouco me importa quantas línguas você fala, que lugares visitou, quantas faculdades fez. Eu quero saber o que você tem na cabeça, como você pensa.".
Não sei ao certo o porquê de ter me sentido atingido com isso, mas aconteceu.

***
Hoje pela primeira vez revi o material que filmei na Europa. Aliás, parece que as coisas andam se conectando de um jeito muito estranho. Impossível não citar o Chris Marker, nesse caso... além do lance dele ser relacionado com viagens em geral, alguns fatos pontuais que aconteceram na viagem me chamaram a atenção.

Estava em Paris, no apartamento da Ana e da Maíra, conversando sobre o Louvre. Alguém comentou sobre as Múmias de Gato que estão lá. Tinha feito algumas imagens dessas Múmias porque elas haviam me saltado aos olhos.

De volta a Campinas, o Fernando assistia na sala o Chats Perchès, primeiro filme do Marker que vi (que dá o título ao blog), há uns seis meses. O Fernando, com quem já havia comentado sobre as Múmias de Gato do Louvre, ao pausar o documentário, pergunta-me se eram aquelas as múmias. Na tela, a câmera de Marker, tão leve e digital como a minha, descrevia-as. Conhecendo seu trabalho, digo que elas, as Múmias, faziam muito mais sentido para ele do que para mim, mas em todo caso me senti próximo de Marker de um jeito esquisito.



Durante a viagem, os filmes de Marker povoavam a minha cabeça e lembro até de ter comentado sobre ele para algum amigo, enquanto estava lá. Mas não lembrava da imagem das Múmias e o fato de ter escolhido-as para filmar me sopra ao ouvido que não posso deixar isso de lado... vale dizer que minha lista do peer-to-peer está cheia de Chris Marker, desde então.

***

Tem outra coisa que vi nas imagens da Europa que, do mesmo modo, são relacionáveis com uma descoberta recente. E, do mesmo modo, filmei sem saber que eram relacionáveis. Mas fazem sentido para mim e para outra pessoa, que ainda não conheço.